Seus céus 

O sol 

Só se levanta

Para ver 

A moça acordar

Os invernos surgem

Quando ela resolve 

Acordar mais tarde

Ou quando não sai de casa

Os ventos surgem

Do rodar de sua saia rodada

As marés de sua dança

Em ondas revoltas

Ao agitar o mar

Que surgiu de seu choro

Não quero ver-te chorar

Quero te ver

Verter o mel secreto 

Em meus lábios 

Quero suas pétalas divinas

Em minha barba molhada

Sou bárbaro, moça

Selvagem 

Mas, sou carinhoso

Venha comigo

Conheço caminho de sete céus encantados

Se quiser, eu te mostro

Em seu corpo, as chaves

Venha

Vamos juntos

Descobrir 

Entre suas sinuosidades

As portas do paraíso