Ardentes

Dois corpos d'água
molhado do suor no frio
mergulham excitados
em chuva de amor
em lago dourado
pela lua iluminado
ali
os vãos
os lascivos corpos
as lascivas mãos
o poeta escreve na pele
os poemas de maior devoção
ali
amam 
o cobertor d'água
da chuva que insiste em cair
a chuva que brota
de ti e de mim
água de nascente
água doce
água pura
venha moça
que a quero sem juízo
venha
não é pecado
em nossos braços tudo é sagrado
salte
mergulhe
mergulhemos juntos
somos peixes
serenos
dentro d'água
respiramos aliviados
saciamos nossa sede
nossa fome
nosso amor
não há frio
Somos
enfim


ardentes

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