Sobre os cafés que não tomamos

A moça,
vejo-a apenas em cafés
que sonho dividir
e rir
e ouvir de suas leituras
dos poemas que gosta
e escrever alguns
apenas para encantar seu olhar
roubar seu tempo de ler
quem sabe goste
de meus versos rabiscados
que jogo ao vento
esperando que brotem
em seus pequenos detalhes
céus iluminados
nas mãos que seguram xícaras
que suaves dedos 
molhados em lábios
virem as páginas
de meus livros
e que olhos se encantem
palavras 
palavras
desejem o bom da vida
para a moça que sorri ao sol
quem sabe um dia
um café 
amistoso conversar
sobre poesias, livros, vinhos
um colibri que busca
alimento 
carmim 

jasmim 

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