As pintas da moça

Suas pintas

Ilhotas

De um maravilhoso arquipélago

Que tenho mapa gravado

Em meus lábios

Em minha língua

Seguirei as constelações 

De seu sensível corpo

Em sua pele habitarei 

Clandestino

Como menino

Me aninharei em seu colo

Brincarei com seus cabelos

Que ficarão grudados aos meus

Em seus lábios

Rosados

Alimento buscarei 

Ofegante

A buscarei 

Desatando os nós de seus cabelos

Até restar só nós

Sem nada para atrapalhar

Em lua alvoroçada 

Nos amaremos 

Enroscados 

Sedentos

Amparados um n'outro

Até que o sol nos acorde

Para amar-te novamente