Das eternas efemérides
Lino

Ao querer-te 
E como não te querer
Ao ver o mar de seus olhos
Os cavalos correm nos campos
Eu apenas vejo
A cachoeira a derramar suas águas
Com violência e força
Quem são as rochas
Não podem abrigar tanta água
Veloz, veloz
Eu me vejo simples
Eu me vejo correr os morros
Seus olhos me guiam 
E quando me canso
Só penso em seu aconchego
Houve momentos em que
A angústia me aniquilou por completo
Na relva, florescem nossos beijos
Efemérides de dias felizes
Passam, passam 
Como ainda permanecem?
O tempo impele ao esquecimento
Por que ainda permanecem?
A lembrança da primeira vez 
Que vi seus seios nubentes nus
Por que permanece?
Ah é eterno apenas o tempo
Em que vivi perto de você



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