Sereníssimo
Lino
Doce poeta que embala meus sonhos
Bem sabes que uma noite é pouco
Bem sabes que o sol nascerá
E o vislumbre do dia e o calor
Que acorda os viventes
Será nosso sono
Dormiremos durante os dias
As noites serão de amor e contemplação
Ah donzela que carregas consigo um punhal
Cravou em meu peito seu olhar
Desde então, o carrego comigo
Desejo-te como a sede eterna
Aflito sigo
Transeunte
Enquanto não estás comigo
Que venha logo nossa noite
O dia é longo e pachorrento
Eu corro como o vento
O relógio é tão lento...
Fiz de meus pés asas
Queria voar até ti
Chegar de noitinha
Ainda me esperas?
Com suave chá de artemísias?
Acenda um místico incenso
Seu amado já vem
Vem no galope da neblina noturna
Leve como o vento
Ninguém vê
Ele vem nu
Só seus doces olhos poderão ver
A alma deste poeta que já habita em ti
Abra a porta meu Amor
Aqui aguarda seu poeta
Ansioso para dentro de ti entrar
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