Mais uma vez, os cobogós
Lino
Ah moça
Em meu sonho desvairado
Depravado sonho meu
A vejo atrás dos cobogós
Admiro sua nudez
Ali por detrás
Eu, Minotauro, percorro
A parede vazada
Como quem morre de sede
Vendo água em cascata
E depois,
Nós como nós
Suas curvas como anzóis
A fisgar-me como a um peixe
Faminto de desejo
Ah moça
Deixe nascer e morrer
Mais de mil e um sóis
Em braços meus
Tua morada
Pra ficar assim
Aconchegada
Se achegue mais
Dá-me todos seus cheiros
Pra ficar assim
Dentro, tão dentro
De mim
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