Entre ti
lino
Ela vem
Vestida divinamente
Carregada em suaves cores
É tudo primavera
Ainda que o tempo esteja nublado
Eis que surge com suas
Discretas transparências
Os lábios de pitangas maduras
O mormaço da noite
Suas unhas, navalham o ar
Os cabelos, um açoite
Há tanta poesia em seu corpo
Rascunho poemas em sua pele
Com a minha língua e seus barbarismo
Minha barba se perde em seu pescoço
O cruel relógio acelera as horas
Devoro seu perfume com fome
Seu batom vermelho tinge minha tez
Depois
De todo frenesi
Deito minha cabeça dois palmos
Abaixo de seu umbigo
E espero nascer de novo

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