Minha poesia, eu posso dar
lino
Eu só sei dar minha poesia
Às vezes, ela dói
Sim
Chega rasteira e nos aflora a timo
Que insiste em atrofiar após
Desilusão clara de amor
Eu só sei dar minha poesia
Palavras e sons, e versos e estrofes
Às vezes, ela seduz
Clara como luz da manhã
Que aquece o corpo frio
Eu só sei dar minha poesia
Meu artesanato diário
Alonga meus dedos
De quem já não come
Insano por tanto poetar
Em transe de lua cheia
Minha poesia
É meu presente
De um passado ausente
De um futuro distante
Minha poesia
É a única coisa
Que não sendo deveras minha
Ainda posso dar
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